Aí estão os dois amigos, Rui Barros e Roberto Gianoni, responsáveis por aquele momento bom no Ayala's bar.
Meu poema antigo
(Luiz Mauro)
Soubesse eu, escreveria um dia
Lembrando coisas, um poema antigo
Desses que a gente fala de cidades,
Da natureza, de um amor, do mar
Diria eu por certo, a todo mundo
Caso soubesse ... de um viver passado
Cheio de glórias ou quem sabe angústias
Mas seria lindo meu poema antigo
Soubesse eu, escreveria um dia
Lembranças puras de uma velha casa
Que, de tão ida por bons tempos, findos
Estampava em si um resto de saudade
Meu pai brincava, fazendo brinquedos
Minha mãe cantava sempre o ‘’ Farolito ‘’
Que pretensão, fazer um poema antigo
Isso faz tão pouco... a vida nem passou...
Ainda ouço o som de um violino
Num fim-de-tarde, quase anoitecer
Meu pai tocando e eu, pequeno, ouvindo
A nitidez das notas arranhadas
Ah ! ... se eu soubesse, escreveria um dia
Sobre esta infância que trago comigo
Sou tão criança ao lado de meu filho
Que crescemos juntos nossa vida nova
Pudesse eu, escreveria um dia
Sem as lembranças de uma infância pobre
Sem a casa velha dos bons tempos, findos
E sem saudade ... meu poema antigo.
=> Public. no Correio do Povo / Bric-à-Brac da vida / 13.Jan.1976
Meu poema antigo
(Luiz Mauro)
Soubesse eu, escreveria um dia
Lembrando coisas, um poema antigo
Desses que a gente fala de cidades,
Da natureza, de um amor, do mar
Diria eu por certo, a todo mundo
Caso soubesse ... de um viver passado
Cheio de glórias ou quem sabe angústias
Mas seria lindo meu poema antigo
Soubesse eu, escreveria um dia
Lembranças puras de uma velha casa
Que, de tão ida por bons tempos, findos
Estampava em si um resto de saudade
Meu pai brincava, fazendo brinquedos
Minha mãe cantava sempre o ‘’ Farolito ‘’
Que pretensão, fazer um poema antigo
Isso faz tão pouco... a vida nem passou...
Ainda ouço o som de um violino
Num fim-de-tarde, quase anoitecer
Meu pai tocando e eu, pequeno, ouvindo
A nitidez das notas arranhadas
Ah ! ... se eu soubesse, escreveria um dia
Sobre esta infância que trago comigo
Sou tão criança ao lado de meu filho
Que crescemos juntos nossa vida nova
Pudesse eu, escreveria um dia
Sem as lembranças de uma infância pobre
Sem a casa velha dos bons tempos, findos
E sem saudade ... meu poema antigo.
=> Public. no Correio do Povo / Bric-à-Brac da vida / 13.Jan.1976
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